O Que é a PJMP?


A PJMP não é apenas uma sigla. Também não é um gueto ou uma forma paralela de organizar os jovens cristãos. Não é um movimento de juventude, competido com tantos outros que existem por aí... É uma PASTORAL. A imagem bíblica de que o povo de Deus é o rebanho, do qual o próprio Deus é o PASTOR e dele cuida com carinho. Toda pastoral é trabalho feito pela IGREJA, o novo povo de DEUS. A PJMP é serviço da igreja dentro da dimensão evangélica da diaconia apresentada por Jesus: “eu vim para servir e não para ser servido” (Mc 10, 45), “se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve à todos” (Mc 9, 35). É pastoral libertadora que procura fazer a ligação entre fé e vida, ligada as CEB´s. Uma pastoral que surgiu a partir de uma necessidade histórica, propondo-se a ter menos falatório e mais testemunho buscando a coerência entre prática e teoria.

É da JUVENTUDE. Feita de jovens e para os jovens. Busca evangelizar os jovens dentro e fora da igreja. Apresenta à juventude o rosto de Jesus Cristo, presente no meio do povo que busca a construção do reino a partir de suas ações cotidianas. Medellín lançou o desafio dos jovens, Puebla fez opção pelos jovens. Santo Domingo a confirmou. Portanto optar pelos jovens é vivenciar a tradição da igreja latino-americana.

É do MEIO POPULAR. Meio pode ser divisão igualitária, alguma coisa partida ao meio, como na divisão de classes da sociedade capitalista; pode ser modo, caminho, maneira; pode também o ambiente onde alguém vive e convive. Deste modo a PJMP busca a igualdade, o caminho de vida e convivência! O meio em que uma pessoa vive ou assume acaba determinando a sua opção de vida “cada ponto de vista é visto de um ponto” (Leonardo Boff).

Popular que dizer do povo, povo no sentido de gente pobre, empobrecida, excluída das benesses da sociedade neoliberal. Nós acreditamos que não foi Puebla a “opção pelos pobres”: é opção do evangelho de Jesus Cristo (cf. LC 6,20-26) e tantos outros textos da bíblia! Opção pelos pobres significa partir dos pobres, daqueles que para o sistema nada significa. Optar pelos pobres é melhor forma de incluir a todos, porque partimos dos últimos abrimos o leque a todos mas, se partíssemos de cima deixaríamos de fora os debaixo e não é assim que acontece na prática, dentro da sociedade de hoje?

Ao afirmar-se como PASTORAL DA JUVENTUDE DO MEIO POPULAR, a PJMP quer destacar o lugar de missão. Por isso falar de MEIO POPULAR é falar de meio social. Implica dizer que temos que compreender que a sociedade não é harmônica, mas contraditória, conflitiva, violenta e dividida em classes sociais. Não há como negar essa realidade que o neoliberalismo tem aprofundado cada vez mais. Falar de MEIO POPULAR significa reconhecer a existência da situação de apartheid social que a sociedade capitalista produz e reproduz cotidianamente em nível local, regional, nacional e mundial. Ao mesmo tempo, significa reconhecer a necessidade da superação deste modelo de sociedade e de uma ação pastoral especifica neste meio social.

Assim, o chão da PJMP é o da juventude empobrecida da periferia, sofrida pela falta de emprego, falta de uma educação de qualidade e até das necessidades básicas de sobrevivência, mas que assume a sua identidade e esta consciente de sua realidade social, buscando maior engajamento e participação na construção da cidadania.

A PJMP se enquadra dentro da prática das pastorais sociais. Sua metodologia procura propor aos jovens assumir a consciência de sua classe, de uma visão iluminada pela leitura popular da bíblia, procurando tornar os jovens multiplicadores da utopia do reino, buscando uma sociedade alternativa, num projeto de ida de respeito ao ser humano.

Numa sociedade marcada pela pluralidade e subjetividade, a PJMP tem se preocupado em si inserir no atual contexto tentando buscar o que há de positivo dentro do mundo atual. Cresce a consciência cultural popular, resistindo a invasão do imperialismo norte-americano e outros; cresce a consciência ecológica na busca de defender esta casa-mundo onde todos nós vivemos; cresce a consciência ecumênica da busca conjunta dos sonhos plantados pelo mesmo Deus; cresce a consciência do “eu”, sem nos esquecermos de “nós”.
PJMP Arquidiocese de Olinda e Recife Web Developer

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